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Apresentei um artigo no Congresso da Abrapcorp

A Abrapcorp é a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas. Em 2020 e em 2021, apresentei artigos para o Congresso da Abrapcorp. O artigo que apresentei em 2020 se chama “Diversidade na escola, no trabalho, na Bagaceira, na vida: a história de Luísa e a mobilização pela sociedade inclusiva”. Se você quiser o artigo pode ser lido no site da Abrapcorp.


Mas eu quero falar um pouco mais do artigo que apresentei esse ano: “Mobilizar sem aglomerar: desafios e invenções da educação para a cidadania na pandemia”. Nele eu conto como tive que me reinventar para continuar desempenhando meu trabalho na pandemia. Fiz palestra online, videoaulas, conteúdos pros cadernos formativos e para esse site aqui. Minha principal mensagem foi: a pessoa com Síndrome de Down tem direito e toda a condição de ter uma vida boa como qualquer outra pessoa.





Ajudei a escrever o artigo em conjunto com outras cinco pessoas que trabalham comigo na AIC (Agência de Iniciativas Cidadãs): Rafaela Pereira Lima, Danusa Tederiche Borges de Faria, Isabelle Caroline Damião Chagas, Jéssica Antunes Caldeira e Kênia Mara da Silva Chagas. Entrevistei as cinco para saber como foi participar do XV Congresso Abrapcorp e sobre o conteúdo apresentado.


A Rafaela disse que “participar do Congresso da Abrapcorp ao lado de uma turma incrível, da qual a Luisa faz parte, foi um momento muito especial. Primeiro, pela oportunidade que tivemos de, ao elaborar um artigo, construir juntas conhecimentos acerca dos desafios que temos enfrentado e das soluções que temos para realizar ações de mobilização social e educação na pandemia. Eu aprendi muito com as reflexões do grupo!”.


Ela também ressaltou que “foi muito legal ver nosso trabalho e nossas reflexões reconhecidos naquele espaço acadêmico. E, por fim – mas não menos importante -, o congresso foi mais um momento em que tive a honra de estar ao lado da Luísa, a primeira Relações Públicas com Síndrome de Down do Brasil, falando da riqueza do trabalho que ela vem construindo na AIC. Assim como aconteceu no congresso de 2020, que foi o primeiro em que a Lu participou, senti que estava ali construindo história ao lado dessa ilustre integrante de nossa equipe que, com seu exemplo de vida, muito trabalho e muito amor, faz o ideal da sociedade inclusiva e democrática avançar.”


Fiquei até emocionada com esse comentário da Rafa. Sou muito feliz no meu trabalho!


A Kênia falou sobre como foi desafiador trabalhar o tema da Educação Inclusiva de forma remota junto aos educadores, no contexto da pandemia. Foi importante acolher seus problemas, dores e angústias e respeitar as singularidades de cada um.





A Danusa contou que foi sua primeira participação no evento da Abrapcorp e falou como é trabalhar com uma equipe que ela só conhece virtualmente. “Foram inúmeras experiências inéditas para mim, primeiro trabalhar com uma equipe que só conheço pelas telas do computador, depois ter pela primeira vez uma colega de trabalho com Síndrome de Down e, sobretudo, trabalhando na pauta da educação inclusiva e, por fim, escrever um texto tendo sua parceria como autora e apresentar num congresso. Posso dizer que tais experiências me fazem acreditar cada vez mais na inclusão social, sobretudo na educação e dizer que nós podemos ocupar os espaços que quisermos e chegar onde desejamos.”


Para a Jéssica foi uma experiência incrível compartilhar os desafios na realização de um projeto tão potente como o Educação Inclusiva, iniciativa da Fundação Vale executada pela AIC em Itaguaí 2020. “Antes da pandemia, nossas ações de mobilização e formação de educadores eram presenciais e se beneficiavam das saudosas ‘aglomerações’. Depois, precisamos nos adaptar ao contexto pandêmico e nos reinventar para encontrar aquilo que Paulo Freire chama de ‘os inéditos-viáveis’, ou seja, as possibilidades ou alternativas que surgiram no processo de ação-reflexão-ação. Nesta trajetória, a troca de experiências entre a AIC e as nossas queridas participantes, o acolhimento aos problemas e dores umas das outras e a construção conjunta foram fundamentais para sobrevivermos a esta crise. Fomos dos encontros presenciais e rodas de conversa para as janelas virtuais, o tempo todo nos questionando, aceitando as incertezas e construindo respostas provisórias. E com certeza aprendemos não só sobre conteúdo, mas de humanidade neste processo.”


A Isabelle relatou que participar do Congresso da Abrapcorp foi uma surpresa e um prazer em dose dupla: “Primeiro, porque eu sou jornalista de formação, e nunca tinha presenciado o evento. Foi muito interessante ver os nossos trabalhos em diálogo com o que está sendo realizado na academia e nos setores público e privado. Em segundo lugar, representou uma oportunidade de dialogar com a própria equipe da AIC, que, em seu cotidiano, muitas vezes acaba não trocando tanto. Tecer um paralelo com projetos que, a princípio, tratam de assuntos e realidades que parecem distantes, mas que conseguem compartilhar metodologias, aprendizados e desafios, é sempre muito importante. Que venham outras edições!”

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