SOCIEDADE INCLUSIVA
(também conhecida como "todo mundo cabe no mundo")
Onde estão as pessoas negras com Síndrome de Down?
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14/11/2024
Você já se perguntou onde estão as pessoas negras com Síndrome de Down? Segundo o IBGE há cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil, essa pesquisa não fez demarcação étnica, porém geneticamente não há nenhum fator que impeça pessoas negras de nascerem com a síndrome, por isso, podemos chegar à conclusão de que pessoas negras com T21 existem, mas estão sendo invisibilizadas.
Foi com essa invisibilização que Thiago Ribeiro se deparou em 2019, ano em que seu filho foi diagnosticado com T21. Antes disso, ele já era um ativista das causas raciais, porém quando seu filho Noah nasceu, Thiago se tornou também militante da comunidade PCD. Após o nascimento de Noah, Thiago começou a pesquisar, e percebeu que não existiam muitas informações sobre a recorrência da Síndrome de Down em pessoas negras, além disso, ao procurar no google imagem de pessoas com t21, majoritariamente apareciam pessoas brancas. Thiago concluiu que, muita gente achava que pessoas negras eram imunes a síndrome, por causa da falta de informação de qualidade e do preconceito. Inclusive, ao levar seu filho em um fisioterapeuta, ouviu do médico que não existiam pessoas negras com T21. Foi essa desinformação das pessoas, que motivou Thiago a criar o projeto fotográfico InvisibiliDOWN que na época, tinha como objetivo inicial retratar o seu filho, e falar s obre o preconceito com pessoas pretas que possuem a síndrome.
Ele produziu uma série fotográfica com dez fotos, cada foto mostrando um fragmento do corpo de seu filho, uma mãozinha, um pezinho, no final da série aparece o rosto do Noah, revelando que as imagens retratam uma criança negra com síndrome de Down. Essa série ficou entre os 50 melhores projetos de fotografia documental da América Latina. Atualmente na página do Instagram do projeto há muitas fotos de diversas pessoas negras com T21. Com o passar do tempo o fotógrafo começou a ser procurado por familiares de pessoas negras com T21 que buscavam informações sobre a síndrome por isso além de projeto fotográfico, o InvisibilizeDown se tornou um Instituto.
Thiago relata também em um vídeo na sua página do Facebook que durante a suas buscas se deparou com o estudo de uma associação de pesquisa americana que falava sobre desigualdade racial na Síndrome de Down. A conclusão do artigo é a de que a expectativa de vida de pessoas negras com a síndrome era 50% inferior à de pessoas brancas devido a pessoas negras terem menor acesso a serviços de saúde de qualidade.
Durante a escrita dessa matéria não consegui encontrar esse relatório específico. Mas trouxe outros dados que podem corroborar com essa informação trazida pelo Thiago de que pessoas negras com deficiência tem menos acesso a saúde. Isto é, segundo o PNS, (Pesquisa Nacional de Saúde) realizada pelo IBGE, é maior o percentual de uso de serviços de reabilitação para pessoas com deficiência de cor ou raça branca (24,0%) em comparação com aquelas de cor ou raça preta ou parda (20,4%). Essa diferença de acesso a serviços de reabilitação se mostrou positivamente relacionada à desigualdade de acesso a tais serviços por meio de plano de saúde, particular ou outros tipos, cujos percentuais foram 54,5%, no caso do atendimento para pessoas brancas, contra 31,5%, para pessoas pretas ou pardas.
A falta de pesquisa sobre as pessoas negras com T21 mostra um descaso causado pelo racismo estrutural. Precisamos nos questionar por que o governo e as universidades não estão interessados em mapear essas pessoas. Sabemos que historicamente pessoas pretas sofrem com a desigualdade social, e possuem mais dificuldade em acessar serviços de saúde e informação de qualidade. Pessoas pretas com deficiência intelectual são duplamente estigmatizadas, e a raça pode vir antes da deficiência, já que o racismo faz com que a empatia não aconteça. Por isso, devemos olhar para essa invisibilização, nos munir de informação, e aumentar a visibilidade dessas pessoas.
Fonte:
https://radis.ensp.fiocruz.br/reportagem/inclusao/nos-os-invisiveis/
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Amanhã vamos celebrar o dia mundial de combate ao preconceito as pessoas com nanismo. Venha saber sobre a origem dessa data!
24/10/2024
Você sabia que dia 25 de outubro é a data oficial de combate ao preconceito as pessoas com nanismo? Esse dia é comemorado em vários países e homenageia o ator e ativista estadunidense Billy Barty que, em 1957, criou a associação “Little People of America” para lutar pelos direitos das pessoas com essa condição.
Apesar dessa luta já possuir um longo histórico, ainda existem várias barreiras que as impede de viverem plenamente. A começar pela invisibilização, o nanismo só foi reconhecido pela constituição brasileira como um tipo de deficiência física em 2004, e apena o estado do Rio de Janeiro( lei Nº 7.205, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2021)
ossui uma lei específica sobre o tema.
Outro fator que corrobora para a existência da discriminação é a forma lúdica e infantil que durante anos essas pessoas foram representadas em filmes, novelas, e principalmente programas de auditório. Te convido a refletir sobre pessoas com nanismo na TV e, com certeza vai se lembrar de algum episódio em que foram retratadas com objetivo de fazer “humor”. Essas representações estereotipadas favorecem a falta de informação, o bullying e a discriminação.
Juliana Yamin, presidente do Instituto Nacional de Nanismo (INN), que atende cerca de 3.000 pessoas no Brasil, falou em entrevista a BCC sobre a intolerância presente na sociedade: "As pessoas com nanismo sofrem muito preconceito, sendo usadas em memes e situações vexatórias. Elas muitas vezes são fotografadas e filmadas para virarem piada na internet e precisamos parar com isso, conscientizar as pessoas. Deficiência não é piada. A data é um marco porque mostra que eles são como qualquer pessoa, basta que a sociedade não os limites".
Outro ponto importante é a acessibilidade. Pessoas com nanismo possuem dificuldade em usar transporte público, caixa eletrônicos, descer e subir escadas, encontrar roupas de tamanhos adequados.
De certo, esse tipo de preconceito precisa ser combatido, e pessoas com nanismo necessitam serem vistas para além de sua condição. E isso será feito principalmente se estivermos dispostos a nos informar e, principalmente, olhar para o outro com mais sensibilidade. Por fim, para comemorar essa data e nos unirmos a luta contra o capacitismo direcionado as pessoas com nanismo, separamos algumas pessoas com essa condição, com o intuito de dar visibilidade a suas histórias e contribuir para que elas sejam valorizadas e reconhecidas na sociedade
Rebeca Costa
Rebeca Costa é uma advogada que se destaca tanto em sua carreira jurídica quanto em seu ativismo pela inclusão e representatividade das pessoas com nanismo. Ela utiliza a plataforma para falar sobre moda adaptada para mulheres com baixa estatura, promovendo inclusão e autoestima. Em seu Instagram, compartilha dicas de looks, inspirações e como adaptar tendências para pessoas com nanismo, enquanto também defende uma visão positiva sobre a aceitação do corpo e da diversidade. O perfil já conta com mais de 100 mil seguidores e chegou a participar de eventos importantes como a São Paulo Fashion Week.
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Giovanni Venturini
Giovanni Venturini é um ator, poeta e roteirista. O artista protagonizou o curta-metragem "Big Bang", que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Brasília em 2022. Também passou por telenovelas e séries em importantes como “O Rei da TV”; “Chuva Negra”; Os Ausentes”; “Confissões Médicas”; e por diversos canais e streamings como Globoplay, HBO Max, Star Plus, Canal Brasil, Disney Channel, Discovery Channel, SBT, entre outros. Em seus trabalhos, Venturini busca debater sobre ser um corpo fora dos padrões pré-estabelecidos pela sociedade.
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Juliana Caldas é a primeira atriz com nanismo a ter um papel de destaque em uma novela do globo. Na trama “Outro Lado do Paraíso”, ela interpretou Estela. A atriz é uma defensora da conscientização sobre o nanismo e da importância da diversidade e inclusão na televisão e em outros meios de comunicação. Além de sua atuação, também participa de projetos que incentivam a quebra de estereótipos em pessoas com deficiência.
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Setembro Verde: mês dedicado a luta pela inclusão das pessoas com deficiência. Então, venha comemorar com a gente as conquistas alguns avanços e conquistas!
20/09/2024
O setembro verde é o mês da inclusão. Especificamente no dia 21, comemoramos o
dia nacional da Luta das pessoas com deficiência. Essa data foi criada com o objetivo
de conscientizar a população e cobrar os governantes para que nossos direitos sejam
garantidos.
Por causa também da mobilização de PCDS e de seus familiares, foram elaboradas a
Lei Brasileira de Inclusão e a Lei Romeo Mion que são muito importantes para o
combate do capacitismo no Brasil. Todavia, mesmo com esses avanços, a
acessibilidade ainda pode ser confundida com caridade, por isso o setembro verde é
relevante, já que promove mais visibilidade para que não haja retrocessos.
Outro marco desse mês foi o encerramento dos jogos paralímpicos de
Paris, que teve início em 28 de agosto. Nessa edição de 2024, o nosso país bateu o
Record de medalhas, alcançando o 5° lugar no ranking, essa foi a nossa melhor
colocação. Ademais, tivemos a presença do fotógrafo cego João Maia, cobrindo os jogos e
produzindo fotografias incríveis dos nossos atletas.
Enfim, setembro é um mês marcante para a comunidade PCD, não somente
pela data comemorada amanhã, 21 de setembro, mas também por todos os avanços que conquistamos até agora, como as leis citadas e, sobretudo, nesse ano, pela realização dos jogos paralímpicos, que além de trazer visibilidade para a nossa causa, possibilitou -nos
conhecer a história de João Maia, e dos diversos atletas incríveis que representaram
nosso país com garra, e bateram Record no quadro de medalhas.
Fonte:
https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-dos-deficientes-fisicos.htm
Venha conferir a programação do Festival Acessa! O evento totalmente inclusivo que vai acontecer essa semana, em diversos lugares em BH
04/09/2024
Nos dias 05 a 29 de setembro vai acontecer a 4° edição do Festival Acessa. Esse evento tem foco na acessibilidade e conta com apresentações de teatro, dança, performance, totalmente inclusivas e gratuitas, organizadas por artistas com deficiência e, com recursos de acessibilidade durante toda a programação. Os artistas e grupos são de vários estados do Brasil, como Minas Gerais, Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Entre as apresentações do festival estará o espetáculo “Traços” com participação de Oscar Capucho, e a apresentação ‘Oi, eu estou aqui” estrelando Tathi Piancastelli ambos foram entrevistados no podcast Inclusive Luísa. Além disso, haverá várias oficinas como por exemplo: “Lambe-lambes”, “Dança e escrita aleijada”, “Costurando o Braille” e muito mais. Para saber mais sobre a programação acesse: Festival Acessa BH 2024 - Um festival multicultural com foco na acessibilidade.
Reprodução via site do Acessa.
Foto de Marcelo Burbach.
Reprodução via Instagram do TRE.
Na imagem aparece uma mulher negra sentada em uma cadeira de rodas olhando para o seu celular.
Precisa votar em um local com acessibilidade? Atenção, não perca o prazo para solicitar a mudança de seção
19/08/2024
Conforme a nota publicada pelo Tribunal Regional de Minas Gerais, a data limite para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida solicitarem a mudança temporária para uma seção com acessibilidade é 22 de agosto. Vale lembrar que a transferência temporária é válida apenas para esta eleição. A partir de 5 de novembro, com a reabertura do cadastro eleitoral, os eleitores podem solicitar a transferência definitiva para uma seção com acessibilidade.
A seguir estão mais detalhes de como fazer a transferência online ou presencialmente:
A solicitação pode ser feita pela internet, na página Autoatendimento eleitoral. Ou presencialmente, em qualquer unidade de atendimento da Justiça Eleitoral, levando um documento de identidade com foto. O atendimento é de segunda a sexta, das 12h às 17h. Confira os endereços dos cartórios eleitorais em Minas Gerais. Quem tem deficiência ou mobilidade reduzida pode fazer a solicitação por meio de curadora ou curador, apoiadora ou apoiador, procuradora ou procurador. O pedido deve ser acompanhado de autodeclaração ou de documentação que comprove a deficiência ou dificuldade de locomoção.
Para saber quais os locais com seções acessíveis em minas gerais clique aqui: https://www.tre-mg.jus.br/servicos-eleitorais/titulo-e-local-de-votacao/secoes-com-acessibilidade
Saiba outros casos em que é possível solicitar a transferência temporária de seção eleitoral.
Para ficar por dentro dos seus direitos durante o período eleitoral siga as redes socias do TRE:
Já sabe quais lugares quer conhecer durante as férias? Pensando nisso separamos dicas de lugares acessíveis em BH!
19/07/2024
Todo mundo gosta de se divertir, não é verdade? E o mês de julho é conhecido popularmente por ser um período em que muitas pessoas entram de férias no trabalho, escola e faculdade. Pensando nisso, nós, do Inclusive Luísa, decidimos falar sobre a acessibilidade no lazer e no turismo para pessoas com deficiência. Além disso, separamos algumas dicas de lugares acessíveis, como também os direitos que PCDs possuem durante seus momentos de lazer.
Primeiramente, o passe livre em transportes coletivos interestaduais é um direito de pessoas com deficiência de baixa renda. Ele pode ser requisitado através da página da Agência Nacional de Transportes (https://passelivre.antt.gov.br/), mediante apresentação de documentos que comprovem a renda e a deficiência do solicitante. Para viagens aéreas ainda não há nenhuma lei que prevê benefício de gratuidade das passagens, entretanto, desde 11 de julho de 2013, a Agência Nacional de Aviação (Anac) prevê que PCDs tem direito a viajar com um acompanhante para dar assistência. Ademais, é oferecido um desconto de até 80 % na passagem do acompanhante. Para ter acesso a esse direito, o passageiro deve informar a companhia aérea essa necessidade 72 horas antes da viagem.
Já a lei 12. 933 assegura desconto de 50% em ingresso para eventos culturais e esportivos, como, por exemplo, cinema, shows, museu, teatro, etc. Para isso, é preciso apresentar um laudo médico com o Código Internacional de Doenças (CID) e uma descrição da condição da PCD. Agora que vocês sabem como conseguir desconto em passagens e ingressos para aproveitar as férias, vamos falar sobre lugares acessíveis para conhecer e se divertir!
Imagem retirada do site do instituto Inhotim
Começaremos pelo museu de arte contemporânea e jardim botânico Inhotim (imagem acima), situado em Brumadinho (MG). Possui localização privilegiada entre os biomas da Mata Atlântica e do cerrado, com mais de 140 hectares disponíveis para visitação, suas galerias mesclam arte e natureza. O museu apresenta picos e desníveis em suas galerias que podem dificultar a acessibilidade de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Visando melhorar a acessibilidade o espaço oferece empréstimo de cadeiras de rodas e transporte interno em rotas -gratuito para o visitante com deficiência ou com mobilidade reduzida e um acompanhante - O agendamento do carrinho deve ser feito na recepção mediante disponibilidade de horários, e o visitante tem acesso gratuito ao veículo durante 50 minutos.
Imagem retirada da internet
Indicamos também o Cine teatro Brasil (imagem acima). Localizado na avenida Amazonas, é considerado um prédio Histórico em Belo Horizonte. Atualmente no local acontecem shows, apresentações de teatro, e exibição de filmes clássicos como o “Clube dos 5”, e “Curtindo a vida adoidado". Quanto a acessibilidade, todos os espetáculos próprios contam com, pelo menos, uma sessão em libras e audiodescrição e as exposições têm informações em Braile. Além disso, o teatro oferece assentos demarcados, elevadores com leitura em Braile, poltronas adaptadas, banheiros acessíveis e sinalização.
Por fim, para quem gosta de uma agitação indicamos o Aquilombar. Situado no bairro lagoinha, o bar tem como objetivo promover a diversidade e inclusão com apresentações de rodas de samba, funk, e bloquinhos de carnaval. O local possui rampa e banheiros adaptados, assim como uma lista off para PCDs, pessoas trans, travestis, não - binários e indígenas.
Para mais informações sobre um turismo acessível clique:
Sugerimos ainda seguirem a página do Instagram @acessibilibar onde a Influenciadora mineira de BH, Aline Castro (@alinecastromg), dá muitas dicas de bares acessíveis em Belo Horizonte e deixa nos estabelecimentos por onde passa um selo de avaliação de acessibilidade . Então, quando estiver em BH e quiser curtir um barzinho, veja se encontra um desses selos e saberá que esse espaço foi avaliado por uma pessoa com deficiência como local que atende as políticas de inclusão.
Fonte:
https://blog.123milhas.com/acessibilidade-no-turismo-pelo-brasil-passeios-com-inclusao/
https://portal.resolvvi.com/pessoa-com-deficiencia-pode-viajar-de-graca-em-aviao/
Reprodução via Jornal O Tempo
Reprodução via internet
Como é a acessibilidade no trânsito de BH? Vem entender sobre isso, e como garantir o seu cartão BH bus benefício de Inclusão
28/06/2024
A liberdade de locomoção é um direito previsto na Constituição Federal de 1988, mas se olharmos para a mobilidade urbana em Belo Horizonte, poderemos concluir que esse direito não está sendo acessado plenamente por uma parcela da população. Pessoas com deficiência, idosos, obesos, e gestantes enfrentam em suas rotinas dificuldades para se locomoverem pela cidade.
Guilherme Tampiere é integrante do Movimento Nossa BH, que tem como um dos objetivos estudar a mobilidade urbana da capital e propor melhorias. Ele deu uma entrevista à rádio educativa da UFMG e falou sobre o assunto, apontando quais os problemas pessoas com mobilidade reduzida enfrentam ao sair de casa. Segundo ele, a locomoção é dificultada não somente pela má qualidade do transporte público, mas toda a cidade é despreparada para abrigar uma pessoa com deficiência. Os problemas começam desde as calçadas esburacadas, ao tempo do semáforo que é muito curto, o que impossibilita um pedestre atravessar com calma, sem precisar correr por medo de ser atropelado.
Além disso, outro ponto trazido por ele é o constrangimento social que uma pessoa pode passar ao ter seu direito negado ao acessar o ônibus, seja através da catraca que dificulta a entrada dos passageiros, principalmente para aqueles que são obesos, ou mais fracos, e não conseguem empurrá-la com facilidade, como também os veículos despreparados para receberem cadeirantes, pois os elevadores travam, e ainda muitos motoristas não sabem operá-los.
Essas situações ilustradas por Guilherme acontecem diariamente. Um exemplo foi o caso do ambulante Wagner de Souza que ficou preso durante 4 horas porque o elevador do ônibus em que estava falhou. Ele só foi liberado quando uma equipe chegou e fez à manutenção do veículo. De acordo com a pessoa que narra o vídeo, disponibilizado no portal do G1, não foi a primeira vez que isso aconteceu com ele.
Apesar do cenário em Belo Horizonte ainda ser longe do ideal, Guilherme se mostrou otimista durante a entrevista, e relata que a nossa cidade é uma das poucas que ainda se preocupa muito com mobilidade urbana. Outra pequena vitória que temos é a existência do Cartão BH Bus benefício de Inclusão, uma carteirinha que funciona como um passe livre e garante que pessoas com deficiência usem o transporte público de forma gratuita. A carteirinha pode ser solicitada através do site da prefeitura, enviando os seguintes documentos: laudo médico comprovando a deficiência, CPF, identidade e comprovante de residência. Após o período de avaliação do pedido, se for confirmado o direito ao cartão, ele poderá ser buscado em uma das unidades do BH Resolve.
Por fim, é preciso dizer que nenhum direito está garantido, precisamos continuar lutando. Então caso sofra ou presencie algum constrangimento nos transportes, saiba que denúncias podem ser feitas pelo aplicativo PBH APP, pelo WhatsApp (31) 98472-5715 ou no Portal de Serviços. Para mais informações de como ter acesso ao cartão BH inclusão clique acesse: Benefício da Gratuidade - Cartão BHBUS Benefício Inclusão
Fonte:
https://nossabh.org.br/equipe/
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/direito-de-ir-e-vir-liberdade-de-locomocao/112114831
Todo mundo cabe no mundo do trabalho? Vem saber um pouco sobre os direitos de um profissional com deficiência.
28/05/2024
No mês de maio é comemorado o Dia do Trabalhador. Trabalhar não é somente uma forma de conseguir renda. Um trabalho digno e de qualidade promove dignidade, desenvolvimento da nossa autoestima e habilidades. Para nós, pessoas com deficiência, trabalhar é um direito fundamental, já que historicamente nossa capacidade é questionada.
Visando diminuir a desigualdade, e garantir a inserção de PCDS (pessoas com deficiências) no mercado de trabalho, foi criada a Lei Brasileira de Inclusão (LBI). De acordo com ela, as empresas devem reservar uma porcentagem das vagas para pessoas com deficiência, além de fornecerem recursos de acessibilidades que garantam a permanência e a independência dos contratados. Apesar da existência da LBI (Lei Brasileira de Inclusão) garantir a existência das vagas, muitas delas não chegam a ser preenchidas.
O portal de inspeção do trabalho (Radar SIT) realizou, em 2019, um estudo sobre a empregabilidade de pessoas com deficiência em Minas Gerais. O documento indica que de 1522 vagas disponíveis na administração pública, somente 160 foram ocupadas. Em empresas privadas, de 54.806 vagas reservadas, a porcentagem de ocupação foi de 59%. Tendo em vista esses dados apresentados, podemos concluir que o número de vagas preenchidas ainda está longe do ideal. Seria por falta de profissionais com deficiência capacitados para ocupá-las? Seria por falta de acessibilidade das empresas? Por dificuldade na locomoção até o trabalho?
De certo, o mundo não é projetado para pessoas com deficiência. Quando falamos de inclusão no mercado de trabalho, devemos considerar não somente a disponibilidade de vagas em uma empesa. Se faz necessário que o Estado garanta o direito do indivíduo se estruturar desde a infância. Como, por exemplo, criando possibilidade de acesso à educação para se capacitar, saúde física e mental para se desenvolver, e meios de transporte com qualidade e acessíveis para conseguir chegar ao trabalho. Além disso, a sociedade deve deixar de lado a visão capacitista de que uma pessoa com deficiência não é plenamente capaz de se desenvolver e exercer funções como qualquer outro profissional. Porque pessoas com deficiência são capazes, mas precisam ter seus direitos não somente previstos em lei, mas também colocados em prática para que isso aconteça.
Na AIC, por exemplo, instituição onde trabalho junto com Luísa Camargos, a primeira Relações Públicas com Síndrome de Down do Brasil, há várias iniciativas que promovem a educação, e a inclusão através da mobilização social. Entre elas está o “Inclusive Luísa", projeto protagonizado pela própria Luísa que através de publicações aqui no site, com a realização de podcast, que tem por objetivo informar e conscientizar, principalmente sobre a causa das pessoas com deficiência, e todas as minorias. Essa frente de atuação na AIC coloca a inclusão no ambiente profissional como lugar de centralidade, criando possibilidades para que seus colaboradores desenvolvam suas capacidades e potencialidades, sejam elas pessoas com ou sem deficiência. Contudo, vale ressaltar que pensar um projeto específico voltado para a mobilização de uma sociedade inclusiva é assumir-se quanto instituição inclusiva que aposta na diversidade e diferença como riquezas humanas.
Fonte:
https://social.mg.gov.br/images/assistencia_social/CARTILHA-INFORMATIVA.pdf
Equipe Inclusive Luísa.
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Conheça o livro “Direitos do Autista”: um guia prático e completo para se informar sobre os seus direitos
24/04/2024
A informação é um pilar muito importante para o combate ao preconceito, porque somente através dela vamos ter conhecimento dos nossos direitos, e, por consequência, estarmos mais preparados para cobrar aos nossos governantes. Pensando nisso, separamos, nessa última semana do mês de conscientização do autismo, um livro repleto de informações para pessoas com TEA, familiares e quem mais se interessar pela causa.
Uma inciativa da página Autismo Legal criada por Carla Bertin, o livro “Diretos dos autistas”, produzido por MEDIART, traz algumas informações sobre quais direitos uma pessoa com TEA possui em diversas áreas de sua vida. Como, por exemplo, estudos, trabalho, lazer, viagens, etc.
Para saber sobre os direitos dos autistas, clica no link abaixo e confira!
Estamos no Abril Azul! Venha saber um pouco mais sobre essa data e ficar por dentro dos eventos que estão rolando em Belo Horizonte
08/04/2024
Abril Azul é o mês de conscientização do autismo, o qual foi definido durante a assembleia geral da ONU, em janeiro de 2008. O motivo da criação da data é informar a sociedade sobre o TEA, com o objetivo de diminuir a estigmatização das pessoas autistas e de lembrar aos governantes a respeito da importância da criação e manutenção de políticas públicas nas áreas, por exemplo, de educação, saúde, lazer e atendimento preferencial, em prol das pessoas com o espectro, a fim de assegurar o bem-estar dessa comunidade. Além disso, a cor azul também é um símbolo da luta contra a discriminação, sendo assim, é comum que durante o mês de abril as pessoas engajadas na causa usem roupas azuis. Além disso, prédios públicos e pontos turísticos ficam iluminados com essa cor.
O azul foi escolhido porque antes se acreditava que o autismo era mais visto em meninos, porém, estudos recentes estão apontando para um crescente diagnóstico também em meninas. De acordo com a versão mais atual, no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) foi esclarecido que o autismo pode passar despercebido em meninas, porque as dificuldades sociais e de comunicação se apresentam de forma mais sutis.
Atualmente outros símbolos são utilizados para representar a luta contra o preconceito, como, por exemplo, o símbolo multicolorido do infinito. Ele traz a ideia de que a neurodiversidade é infinita e de que o autismo é uma expressão natural do ser humano. Além disso, as cores que o compõem representam a diversidade existente dentro do espectro autista.
Por fim, para celebrar o Abril Azul, a Comissão das Associações de Defesa dos Direitos dos Autistas de Minas Gerais (CADDAMG) organizou uma série de eventos que acontecerão em Belo Horizonte e região:
Fonte:
https://www.autismoemdia.com.br/blog/simbolos-do-autismo/
https://autismoerealidade.org.br/2022/04/30/abril-azul-historia-e-significados/
https://defensoria.am.def.br/2023/04/26/mes-do-tea-veja-leis-que-asseguram-direitos-das-pessoas-com-autismo/#:~:text=Criada%20em%202012%2C%20a%20Lei,precoce%2C%20assim%20como%20tratamento%20adequado.
https://www.jadeautism.com/simbolos-do-autismo-e-seus-significados
Romeo e Marcos Mion. Foto retirada do site da Revista Quem.
AGENDA DE AÇÕES EM PROL DO AUTISMO EM BH
Unidas pelo Autismo
Data: 14/04/24
Hora:10h
Evento: Passeio de Motocicletas
Local: Pampulha BH
Informações : Catiane e Equipe Unidas catianef.g@hotmail.com
Políticas do Autismo
Data: 25/04/24
Hora: 19h
Evento: Cinema comentado com RC: “Minha Esperança é Você”
Local: Sala Humberto Mauro Palácio das Artes BH
Informações: Cláudia Messias e Paula Pimenta – observatoriodoautismoebp@gmail.com
Casa do Baile – Pampulha BH
Data:28/04/24
Hora: 10h
Evento: Apresentação Musical de Vídeos de Artistas Autistas
Local: Casa do Baile – Pampulha BH
Informações: Meiry Geraldo contatogaleriaaut@gmail.com
Associação Agraça
Data: 25/04/24
Hora: 14h
Evento: Roda de Conversa: Realidade da Saúde Mental das Cuidadoras de Pessoas com Autismo – Experiências.
Local: Agraça – Rua Virgínia, 276 - Carlos Prates BH
Informações: Maristela Ferreira Zap (31) 2510 4082 agraca@agraca.org.br
Galeria Aut
Data: 28/04/24
Hora: 10h
Evento: Música no Baile – Show de Artistas Autistas
Local: Casa do Baile – Pampulha BH
Informações: Meiry Geraldo contatogaleriaaut@gmail.com
Senac MG Núcleo de Pós Graduação
Data: 30/04/24
Hora: 8h
Evento: Seminário: Autismo, Educação e Trabalho
Local: Auditório do Senac MG R. Guajajaras 40 /16ºa
Informações: anaroberta@mg.senac.b
Para informações de mais eventos acesse o drive:
https://drive.google.com/file/d/1h417BtQ6hZFh2Fi6yPBgTxyX8XSRg1Sv/view?usp=sharing
Em 2024 lei Romeo Mion completou 4 anos de existência
29/02/2024
A lei nº 13.977/20 conhecida por lei Romeo Mion comemorou 4 anos em janeiro de 2024. Sancionada em 2020, a lei que carrega o nome do filho do apresentador Marcos Mion, visa trazer mais inclusão para pessoas do espectro autista por meio da carteira de Identificação da Pessoa com TEA -Transtorno do Espectro Autista. A carteira garante prioridade no atendimento e no acesso a serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
Vale lembrar que no estado de Minas Gerais o documento é emitido presencialmente nas unidades de atendimento integrado (UAI), como também pode ser solicitado através do site http://cidadao.mg.gov.br/.
Para ficar por dentro do que diz a lei acesse o site do Senado Federal
Créditos:
Produção textual Larissa Pereira.
Edição: Luisa Camargos, Danusa Tederiche e Larissa Pereira.
Revisão: Vivian Xavier, Danusa Tederiche e Priscylla Ramalho